terça-feira, 28 de julho de 2009

Fardo

Escravo de mim mesmo
Tornei-me ser de pele fria.
Sem ação, Sem coração
Onde os fluídos que correm em mim
Não passam de rubro temor,
Não passam de um rubro vergonhoso
Patético por não querer ser mais de mil cores.
Fluido agonizante rastejando de norte a sul sem furor
Em exaltado desespero, me vejo preso as correntes.
Então porque ter nome e sobrenome
Se apenas sou mais um
Um infeliz de pai e mãe
Que acreditou no seu algoz,
Fez-se vítima da ignorância e dos ardis.
Sou apenas mãos, guiadas para só dizer sim
Interpostas nos chão, para apenas sentir o açoite.
Descalço, para que não possa dar paços maiores.
Descalço, para que não possa saltar sem sentir espinhos.
Livra-te macambúzio dos fardos
Lembra-te de que outros sofreram
E que tu não precisas mais da cruz
A única cruz que deves carregar e da libertação
E com ela a vontade de viver, sonhar, correr.
Correr entre praias e ver o sol ficar entre amarelos e vermelhos
E depois ver no fundo do crepúsculo cada pedaço que brilha
Como um sorriso cintilante, brindando a liberdade.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sem Você

Hoje bateu aquela saudade cruel
Saudade em meio uma dor de alegria
Saudade do pequeno grande príncipe
Sabia que tu não estarias mais aqui
E lembrei-me de teus olhos, como da luz do sol
Da esperança eterna e do calor

Mas nem assim a saudade se foi
A lágrima tenta correr, mas pra que correr
Se tua pressa foi quem te levou
Como numa calda de estrela, num instante
Saudade cruel, rapina, malvada

Mas a flor foi plantada em nosso mundo
Mas que não seria o mesmo sem você
Apenas um mundinho sem sentido.
E o amor que foi plantado formou raízes fortes
Regado com as lembranças de teus sorrisos
Regado com os abraços de pai, de irmão, de vida

O choro agora não para
Saudade cruel, maqueavélica
Dor que se acalma, mas não acaba
Saudade bandida.

ps.: a tempos não escrevi mas não suportei a angustia de lembrar de você Pai Mauricio, te amo paizão...

terça-feira, 21 de julho de 2009

sem titulo

"Amor é um bem que pode ser dividido em milhões de partes e doado às pessoas sem medo de exaurir-se. Quando mais o dermos, mais o receberemos, numa progressão geométrica infinita."
Inácio Dantas