segunda-feira, 23 de março de 2009

Correntes Sociais – Matrix em alta



Ainda sentado lendo, veio sobre minha mente aquele espaço vazio que logo se ocuparia de algum pensamento que o conectava com algo ou alguém. Naquele instante o livro me reportou a um amigo. Ele tinha me falado há uns meses atrás que haveria terminado seu relacionamento de longa data pelo fato dela querer que ele se transformasse no que ela esperava. Assim, me reportei a Matrix, a um modelo de sociedade construído em forma de caixas. Lembrei-me também da musica Geração Coca-cola (Legião Urbana) e suas frases de efeito.

Essa lacuna de pensamento me fez perceber que as correntes as quais a sociedade nos impõe, são tão fortes quanto às de Andrômeda, mas que precisamos ser Perseu para quebrá-las. Mas muitas vezes por medo do novo nos deixamos acorrentar novamente, e como Warat fala em seu livro Territórios desconhecidos, estamos inclusos em nossa formação o modelo de infância, de pai, de casamento, todos construídos em nome do dever e da verdade. E meu amigo me mostrou que nada do que ele havia me dito fazia mais sentido – de que não seria moldado a padrões os quais ele não acredita, e mesmo assim, voltou a fazer de sua vida um dever ser. Talvez não tenha percebido, mas ele acabou se tornando mais um dentro do enlatado. De certa forma eu saberia que isso talvez acontecesse, pois ele me disse que não queria ser igual, mas foi criado de uma forma a qual ele não conseguiria transgredir todas as regras. Warat assim como Nietsche têm razão – “A castração como ideologia”.

Então questiono. Porque não nos libertamos dessa castração? Porque entre nós não existe um desejo verdadeiro, e sim uma moral instituída? Warat fala que a castração é, sobretudo, a poda dos desejos. Posso, assim, afirmar que tudo que me é posto não pode ser verdade, mas que o dever em mim consternado teria que ser tomado como tal. E porque temer ou novo, se tudo que é novo pode ser belo? Alguém uma vez me disse que nunca seriamos perfeitos, mas seriamos belos porque somos humanos. Esse seria meu desejo, não só para meu amigo, mas para vocês que estão lendo, sermos humanos. E nisso, está incluso o desejo, de ser feliz e não de voltar ao passado, e reviver o passado como um futuro promissor, por que no futuro não está incluso o que passou, mas sim novas experiências.
(Continua)

Referência: WARAT, Luiz Alberto. Territórios desconhecidos. 2004

Imagem:http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%B4meda - acesso em 23/03/2009

terça-feira, 17 de março de 2009

Amigos ou figuras ilustrivas?

Muitas vezes nos tornamos incomodo quando passamos por fora do convencional. Deixamos de ser mais uma figura, que segue a mesma fila, para expormos nossa opinião própria, nossa visão. Até então, não tinha me dado conta que ser verdadeiro é como ser um prato de vidro que cai no chão – após o barulho vêm os estilhaços, de um inteiro que passou serem fragmentos de uma falsa verdade. Prova disso foi uma conversa informal, de mesa de bar com um parceiro, que afirmei: - Eu não tenho nenhum amigo em que possa confiar “nem para guardar dez centavos” (isso foi rude confesso).
No mesmo instante segurando o outro copo de bebida, ele numa baforada de álcool esbravejou: - Pois eu tenho alguns amigos do peito, amigão!.
Então o indaguei: - Para você o que é ser um amigo, é aquele que procura uma pessoa para ir beber por falta de companhia, ou aquele que convida para fazer a cabeça, ou aquele que convida você e sua namorada para saírem juntos, para que no mesmo tempo todos se deleitem da sua falta de caráter, despindo em sua imaginação “de amigão” da namorada do outro, entre o copo e outro de breja... Serão esses teus amigos?
E como uma flecha continuou minha indignação: - Penso que existem muitas pessoas candidatas a amigão, mas na verdade são companhias negativas, que na menor chance te apunhalaram, e o pior na tua frente, isso é ser um amigo?!
Em poucos instantes, ao terminar de por minha ironia para fora, veio-me uma lista de indivíduos que muitas vezes estavam na companhia dele. Percebi que encabeçava todos os tipos (amigo coxinha, amigo traiçoeiro, amigo de inimigo e até os invejosos). E foi isso que constatei, quando ele disse a lista de amigos que ele me esbravejou no puro álcool na insanidade de um sábio das ruas.
Mesmo percebido que tinha ido um pouco longe não tive como volta atrás e terminei dizendo pra ele: - Estes teus amigos são que nem sombras, só aparecem na luz, mas quando você está na escuridão, eles somem. Sei, será mais fácil encontrar chifre em cabeça de cavalo, que meu parceiro aceite minhas idéias, a não ser que um dia os amigões dele botem um par de chifres em sua cabeça de cavalo...
Penso que não deveria ter dito tais coisas, pois nem todo mundo esta preparado para dizer apenas que, talvez, estejamos errados. Contudo, prefiro ser a mosca na sopa a ser a sopa de todas as moscas...
Texto: Davi Farias

quarta-feira, 11 de março de 2009

Justiça Utópica

Em minha vã filosofia, criou poesias
E vejo cores de forma surreal,
Possibilidades de ver o ser desnudo da dúvida.
O amargo do talvez se transformar em mel que brota do sorriso,
Um clarão de afeto tornando os homens em iguais.

E cheio de direitos vão de encontro Atenas
Que cega, desvenda seus olhos e ver no homens a luz dos justos.
Entre cores de igualdade ela solta sua espada
Baixa seu escudo e os abraça
E de braços com a justiça tornam-se não apenas homens,
Mas uma teia de paz.

Wellington Pereira

Saudade...

quando acordares me dê um sorriso
posso não vê-lo, mas terei a certeza que alguém sorriu.
talvez o dia não seje o melhor,
mas pelo menos algém me desejou o melhor.
e tudo será mas fácil, assim não precisarei
duvidar que exista alguem que pensou em mim.