terça-feira, 17 de março de 2009

Amigos ou figuras ilustrivas?

Muitas vezes nos tornamos incomodo quando passamos por fora do convencional. Deixamos de ser mais uma figura, que segue a mesma fila, para expormos nossa opinião própria, nossa visão. Até então, não tinha me dado conta que ser verdadeiro é como ser um prato de vidro que cai no chão – após o barulho vêm os estilhaços, de um inteiro que passou serem fragmentos de uma falsa verdade. Prova disso foi uma conversa informal, de mesa de bar com um parceiro, que afirmei: - Eu não tenho nenhum amigo em que possa confiar “nem para guardar dez centavos” (isso foi rude confesso).
No mesmo instante segurando o outro copo de bebida, ele numa baforada de álcool esbravejou: - Pois eu tenho alguns amigos do peito, amigão!.
Então o indaguei: - Para você o que é ser um amigo, é aquele que procura uma pessoa para ir beber por falta de companhia, ou aquele que convida para fazer a cabeça, ou aquele que convida você e sua namorada para saírem juntos, para que no mesmo tempo todos se deleitem da sua falta de caráter, despindo em sua imaginação “de amigão” da namorada do outro, entre o copo e outro de breja... Serão esses teus amigos?
E como uma flecha continuou minha indignação: - Penso que existem muitas pessoas candidatas a amigão, mas na verdade são companhias negativas, que na menor chance te apunhalaram, e o pior na tua frente, isso é ser um amigo?!
Em poucos instantes, ao terminar de por minha ironia para fora, veio-me uma lista de indivíduos que muitas vezes estavam na companhia dele. Percebi que encabeçava todos os tipos (amigo coxinha, amigo traiçoeiro, amigo de inimigo e até os invejosos). E foi isso que constatei, quando ele disse a lista de amigos que ele me esbravejou no puro álcool na insanidade de um sábio das ruas.
Mesmo percebido que tinha ido um pouco longe não tive como volta atrás e terminei dizendo pra ele: - Estes teus amigos são que nem sombras, só aparecem na luz, mas quando você está na escuridão, eles somem. Sei, será mais fácil encontrar chifre em cabeça de cavalo, que meu parceiro aceite minhas idéias, a não ser que um dia os amigões dele botem um par de chifres em sua cabeça de cavalo...
Penso que não deveria ter dito tais coisas, pois nem todo mundo esta preparado para dizer apenas que, talvez, estejamos errados. Contudo, prefiro ser a mosca na sopa a ser a sopa de todas as moscas...
Texto: Davi Farias

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