Continuei parado, sem perceber que o tempo passava e que eu permanecia nas sombras de minhas dúvidas. Então, voltei para minha leitura. Quando terminei vi o quanto deixamos de produzir, para seguirmos normas que não são nossas, quadros de vida que não foram pintados por nós. Naquele momento não adiantaria muito pensar nisso, pois não teria como discorrer com alguém tal coisa de profundo e impactante pensamento. E me lembrei da metáfora da sombra, seria minha única saída de dialogar seria comigo e minha sombra. Mas isso não adiantou muito, pois as coisas ditas foram, talvez, as que eu quisesse escutar.
Deixei pra lá todas essas coisas que naquele momento não teriam respostas, não por serem absurdas, mas porque ninguém saberia me dizer por que o medo do novo trazia dores invisíveis ao corpo e alma.
Passados os dias reuni-me a uns amigos. Começamos a conversar sobre o livro e todos vislumbraram diversas opiniões. Foi quando, em poucas horas de conversa, um de nossos pares nos perguntou se: "realmente teríamos a necessidade de ficar fora das correntes sócias?" Pois, naquele momento para ele, pareciam idéias tão absurdas, por pensar que tínhamos liberdade de pensar e agir, e de desejarmos a vida - quando na verdade a palavras mágica para clarear minhas duvidas foi “o desejo do ter”. Será que ter é tão pulsante, quanto ser livre realmente? Será que dever amar seria, no total até de forma metafísica, menos importante que amar livremente? Dever... Ter... Dever?
Então percebi que vivemos em cima de muros. Em todos os momentos nos tornamos neutros sobre questões simples, tipo: Somos racistas? Somos a favor do quê? O que realmente pensamos sobre isto ou aquilo? Seríamos capazes de quebrar essas correntes? Entretanto, essa moldura social em que fomos inseridos reprime nossos pensamentos e nos faz desistir de sermos ‘cronópios’, de viver livres e desprovidos de “manias”. Passamos a ser ‘famas’, vivemos escondidos por trás das cores cinza desse universo.
Assim, percebi que seria difícil lhe dá com esse tipo de posicionamento. Matrix. Módulos engessados são quebráveis, mas isso não depende de forças externas, como disse Renato Russo em seu ultimo show no Rio de Janeiro - "depende de nós mesmos". E a partir do momento em que quisermos ser livres de fatos, deveremos estar prontos para sentir a dor e o peso, que vem no primeiro momento junto com a verdade. A sensação, talvez, seja a de uma emersão do profundo oceano, ou a volta súbita da luz após anos de escuridão, lembrando a caverna de Platão. Então, passaremos a pensar como a cenopoeta Laís Teixeira que disse: “Sou desejo, sou luz, sou poesia, sou palavras ao vento...Sou grito, sou a busca infinita...Por amor, por justiça...Sou cronópio!”
Deixei pra lá todas essas coisas que naquele momento não teriam respostas, não por serem absurdas, mas porque ninguém saberia me dizer por que o medo do novo trazia dores invisíveis ao corpo e alma.
Passados os dias reuni-me a uns amigos. Começamos a conversar sobre o livro e todos vislumbraram diversas opiniões. Foi quando, em poucas horas de conversa, um de nossos pares nos perguntou se: "realmente teríamos a necessidade de ficar fora das correntes sócias?" Pois, naquele momento para ele, pareciam idéias tão absurdas, por pensar que tínhamos liberdade de pensar e agir, e de desejarmos a vida - quando na verdade a palavras mágica para clarear minhas duvidas foi “o desejo do ter”. Será que ter é tão pulsante, quanto ser livre realmente? Será que dever amar seria, no total até de forma metafísica, menos importante que amar livremente? Dever... Ter... Dever?
Então percebi que vivemos em cima de muros. Em todos os momentos nos tornamos neutros sobre questões simples, tipo: Somos racistas? Somos a favor do quê? O que realmente pensamos sobre isto ou aquilo? Seríamos capazes de quebrar essas correntes? Entretanto, essa moldura social em que fomos inseridos reprime nossos pensamentos e nos faz desistir de sermos ‘cronópios’, de viver livres e desprovidos de “manias”. Passamos a ser ‘famas’, vivemos escondidos por trás das cores cinza desse universo.
Assim, percebi que seria difícil lhe dá com esse tipo de posicionamento. Matrix. Módulos engessados são quebráveis, mas isso não depende de forças externas, como disse Renato Russo em seu ultimo show no Rio de Janeiro - "depende de nós mesmos". E a partir do momento em que quisermos ser livres de fatos, deveremos estar prontos para sentir a dor e o peso, que vem no primeiro momento junto com a verdade. A sensação, talvez, seja a de uma emersão do profundo oceano, ou a volta súbita da luz após anos de escuridão, lembrando a caverna de Platão. Então, passaremos a pensar como a cenopoeta Laís Teixeira que disse: “Sou desejo, sou luz, sou poesia, sou palavras ao vento...Sou grito, sou a busca infinita...Por amor, por justiça...Sou cronópio!”
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