quinta-feira, 27 de agosto de 2009

INCERTO

Incertezas transem consigo duvidas
Não sei por onde começar
Nasce um vazio diante a dor
Não doe, mas angustia

Porra de não se apegar
Medo pro inferno

Fica decretada a liberdade
Fica decretado meus desejos
Fica decretado você
Fica decretado que estou na esquina
Como disse o poeta “sem pai nem mãe”
De peito aberto, esperando tiros de seus olhares

Porra de não se apegar
Medo pro inferno

Fica perto
Não vai pra longe
Não diz que não
Não fecha os punhos
Não me fuzila com olhos
Não menti dizendo que não quer
Não vai doer

Porra de não se apegar
Medo pro inferno

Então me mata, mas primeiro me ama
Então deixa minha cama, mas não deixa meus dias
Então finge que não é contigo, mas fica comigo
E então me beija

Porra de não se apegar
Medo pro inferno

E agora quero tudo e nada
Quero matar a vontade
Quero não entender
Quero que compreendas,
E que não esqueças
Que antes de tudo, somos mais que isso

E espero que o medo esse vá pro inferno mesmo
Mas se apegar que seja ou não seja.

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