“O amor é um raro florescimento, ele unicamente pode florescer
quando não há medo. Se estamos cheios de medo, não existe
espaço em nosso corpo para o amor.” (WARAT, 2004, p.129)
Não fazia idéia, até aquele momento, que eu estava caminhando uma trilha da dependência. Pensava que tudo estava bem. Eu era, até aquele instante, o modelo de marido, trabalhador, o ser social comum.
Mas algo estava acontecendo, algo que é difícil explicar. Vivemos em nossas periferias, como afirma Warat. Então, estamos armados até pra nós mesmos. Cegos da verdade.
Não acreditava em coisas impossíveis de tocar. E tudo isso é realmente estranho, porque até então, a verdade se tornou uma inimiga. E Warat tem razão, quando você se liberta é doloroso. Não que minhas verdades não sejam convictas, ou que sejam pseudo-verdades, mas na realidade é que podemos vivê-la sem as correntes que nos trancam em nossas periferias.
Nesse momento o que arde em você, não é só a descoberta, mas é saber que dentro de você existe uma “reserva selvagem” e que não foi descoberta. E tudo aquilo que você achava que seria amor é apenas a dependência, é a genealogia da moral intitulada e tatuada em você, mas que também é um trasfer, que vai passar de gerações em gerações.
Eu falo em nosso modelo de criação. Não fomos postos à prova e nem se quer ensinados pelo amor. Warat diz que quando “orientados até o medo estamos sempre calculando, planejando, tentado fazer acordos...” (2004, p.129). E nesses acordos percebo o modelo social. Nietzsche fala, também, nessa castração. O medo é a principal arma de dominação.
E o que faço agora? Agora sinto que estou na cruz, dolorosa. Na Bíblia tem uma passagem que diz: “A verdade vos libertará.” Mas para que eu me liberte é preciso a dor, é preciso que eu morra na cruz de minhas incerteza?
Penso, exatamente agora, que você que está lendo esse texto, deve está se perguntado por que eu escrevo isso? Que tipo de loucura eu me pus? Digo que em nada. Mas hoje não vejo sentido em ser um ser igual a todos: calcular, planejar, fazer acordos.
Nesse momento, após minha leitura, percebo mais e mais que o corpo não habita em conjunto com a alma, que pra mim é a reserva selvagem. E quando a alma toma o lugar do corpo ela se torna inconseqüente. Procurar outras estradas, outras reservas selvagens.
É complicado. Mas prometo que tentaria explicar em um outro momento. Agora fica ai o enigma. Espero que quando eu voltar, volte com outras respostas ou com outros questionamentos, ou então que vocês estejam conectadas ao meu pensamento e caminhem comigo nessa busca.
Referências:
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
WARAT, Luis Alberto. Territórios desconhecidos: A ciência jurídica e seus dois maridos. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004.
quando não há medo. Se estamos cheios de medo, não existe
espaço em nosso corpo para o amor.” (WARAT, 2004, p.129)
Não fazia idéia, até aquele momento, que eu estava caminhando uma trilha da dependência. Pensava que tudo estava bem. Eu era, até aquele instante, o modelo de marido, trabalhador, o ser social comum.
Mas algo estava acontecendo, algo que é difícil explicar. Vivemos em nossas periferias, como afirma Warat. Então, estamos armados até pra nós mesmos. Cegos da verdade.
Não acreditava em coisas impossíveis de tocar. E tudo isso é realmente estranho, porque até então, a verdade se tornou uma inimiga. E Warat tem razão, quando você se liberta é doloroso. Não que minhas verdades não sejam convictas, ou que sejam pseudo-verdades, mas na realidade é que podemos vivê-la sem as correntes que nos trancam em nossas periferias.
Nesse momento o que arde em você, não é só a descoberta, mas é saber que dentro de você existe uma “reserva selvagem” e que não foi descoberta. E tudo aquilo que você achava que seria amor é apenas a dependência, é a genealogia da moral intitulada e tatuada em você, mas que também é um trasfer, que vai passar de gerações em gerações.
Eu falo em nosso modelo de criação. Não fomos postos à prova e nem se quer ensinados pelo amor. Warat diz que quando “orientados até o medo estamos sempre calculando, planejando, tentado fazer acordos...” (2004, p.129). E nesses acordos percebo o modelo social. Nietzsche fala, também, nessa castração. O medo é a principal arma de dominação.
E o que faço agora? Agora sinto que estou na cruz, dolorosa. Na Bíblia tem uma passagem que diz: “A verdade vos libertará.” Mas para que eu me liberte é preciso a dor, é preciso que eu morra na cruz de minhas incerteza?
Penso, exatamente agora, que você que está lendo esse texto, deve está se perguntado por que eu escrevo isso? Que tipo de loucura eu me pus? Digo que em nada. Mas hoje não vejo sentido em ser um ser igual a todos: calcular, planejar, fazer acordos.
Nesse momento, após minha leitura, percebo mais e mais que o corpo não habita em conjunto com a alma, que pra mim é a reserva selvagem. E quando a alma toma o lugar do corpo ela se torna inconseqüente. Procurar outras estradas, outras reservas selvagens.
É complicado. Mas prometo que tentaria explicar em um outro momento. Agora fica ai o enigma. Espero que quando eu voltar, volte com outras respostas ou com outros questionamentos, ou então que vocês estejam conectadas ao meu pensamento e caminhem comigo nessa busca.
Referências:
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
WARAT, Luis Alberto. Territórios desconhecidos: A ciência jurídica e seus dois maridos. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004.
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